Uma Cédula de Crédito Bancário (CCB) é um título de crédito emitido por instituição financeira ou entidade equiparada. Possuindo o objetivo de representar um contrato de concessão de crédito. Trata-se de uma espécie de promessa de pagamento para garantir que o crédito concedido será quitado no futuro.
A cédula de crédito bancário, oriunda de pagamento em dinheiro, é utilizada para financiar projetos de médio e longo prazo. Por exemplo, com a aquisição de imóveis, maquinários e outros investimentos.
A cédula pode ser emitida por pessoa física e jurídica em diferentes modalidades. Como CCBs lastreadas em hipoteca, alienação fiduciária, garantia real, empréstimo, entre outras. Assim, gerando vantagens em qualquer modalidade escolhida, de acordo com sua necessidade.
Como calcular o CCB?
Calcular uma Cédula de Crédito Bancário (CCB) envolve determinar o valor total a ser pago, considerando o valor do título, a taxa de juros e o prazo. É uma fórmula simples que calcula o valor total a ser pago ao final do prazo. Se você precisa calcular o valor das parcelas mensais, basta dividir o valor total pela quantidade de meses no prazo. Veja como calcular a cédula de crédito bancário:
Valor Total da CCB = Valor Nominal x (1 + Taxa de Juros) ^ Prazo
- Valor Nominal: É o valor que você está tomando emprestado ou financiado.
- Taxa de Juros: A taxa de juros que a instituição financeira cobra pelo empréstimo.
- Prazo: O período em que você pagará o empréstimo.
Legislação brasileira na emissão de CDBs
No Brasil, a lei da cédula de crédito bancário (Lei nº 10.931/2004) é considerada um instrumento importante para o desenvolvimento do mercado de crédito no país. Isso amplia as possibilidades de financiamento para empresas de diferentes setores.
É possível, também, possuir CCB em moeda estrangeira. A diferença entre títulos bancários no exterior e os nossos CCBs é que lá fora não há cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).
Exigências para que os CCBs sejam válidos:
- A denominação “Cédula de Crédito Bancário”
- Promessa de pagamento: garantia do devedor de efetuar o pagamento na data de vencimento ou de acordo com o uso do crédito.
- Detalhes de pagamento: data e lugar do pagamento da dívida. Para pagamento parcelado, as datas e os valores de cada uma das prestações.
- Instituição credora: O nome da instituição credora, podendo incluir uma cláusula “à ordem” para transferibilidade.
- Data e local de emissão: A data e o local onde o documento foi emitido.
- Assinaturas: As assinaturas do devedor e se aplicável do terceiro garantidor da obrigação ou seus representantes legais.
Qual o prazo prescricional de uma CCB?
O prazo prescricional de uma Cédula de Crédito Bancário (CCB) pode variar de acordo com a legislação e as condições específicas do contrato. O prazo prescricional para cobrar uma dívida representada por uma CCB é de 5 anos, a partir da data de vencimento do título.
A instituição financeira ou o credor tem até 5 anos para entrar com uma ação judicial para cobrar o valor devido. Após o término desse prazo, a dívida pode se tornar prescrita e não mais passível de cobrança legal.
No entanto, é importante observar que o prazo prescricional pode ser afetado por circunstâncias específicas. Por exemplo, acordos de renegociação de dívidas ou ações judiciais em andamento.
Portanto, é sempre recomendável consultar um advogado ou profissional jurídico. Assim, podendo obter orientações precisas em relação ao prazo prescricional de uma CCB em uma situação específica.
Veja 6 das principais vantagens de se utilizar a cédula de crédito bancário
Avalie quais benefícios abaixo se encaixam no seu negócio.
- Flexibilidade na negociação de condições: permite que as partes negociem livremente as condições do empréstimo. Tais como prazo, taxa de juros e garantias, o que torna o processo mais flexível e adaptável às necessidades de ambas as partes.
- Menor custo de transação: reduz os custos de transação em comparação com outras formas de empréstimo. Como o contrato de mútuo, pois o processo de registro e formalização é mais simples.
- Maior segurança para o credor: a CCB é um título executivo extrajudicial. O que significa que, em caso de inadimplência, o credor pode acionar a Justiça diretamente para cobrar a dívida. Sem a necessidade de passar por um processo de cobrança mais demorado.
- Ampliação das possibilidades de obtenção de crédito: permite que empresas de pequeno e médio porte tenham acesso a crédito de forma mais fácil e ágil.
- Possibilidade de securitização: a CCB pode ser securitizada. Ou seja, transformada em um título negociável no mercado financeiro. O que amplia as possibilidades de captação de recursos para as instituições financeiras.
- Facilidade na contratação de garantias: possibilita a contratação de diversas formas de garantia. Como hipoteca, penhor, alienação fiduciária, entre outras. O que aumenta as possibilidades de obtenção de crédito e reduz o risco de inadimplência para o credor.
Requisitos da cédula de crédito bancário
Agora que você já sabe o que ela é e como funciona, deve estar se perguntando como conseguir a sua CCB. Confira abaixo o passo a passo:
- Escolha o tipo de cédula de crédito que atenda às suas necessidades: existem diferentes tipos de cédulas de crédito. Como o crédito pessoal, o crédito para empresas, entre outros. Cada tipo tem diferentes requisitos e taxas de juros.
- Verifique sua elegibilidade: as instituições financeiras têm critérios diferentes para conceder empréstimos. Em geral, elas levam em consideração sua renda, histórico de crédito, estabilidade financeira e capacidade de pagamento.
- Reúna a documentação necessária: geralmente, essas instituições exigem comprovantes de renda, documentos pessoais, comprovante de residência e outras informações relevantes.
- Compare as ofertas de diferentes instituições financeiras: verifique as taxas de juros, prazos de pagamento e outras condições oferecidas por diferentes bancos e financeiras.
- Faça a solicitação: entre em contato com a instituição escolhida e preencha o formulário de solicitação. Em alguns casos, pode ser necessário comparecer na agência para concluir a solicitação.
- Aguarde a análise de crédito: a instituição financeira irá analisar sua solicitação e determinar se você é elegível para o empréstimo. Em alguns casos, pode ser necessário fornecer informações adicionais ou garantias.
- Receba o dinheiro: se a sua solicitação for aprovada, você receberá o dinheiro na sua conta bancária. Pague as parcelas do empréstimo em dia para evitar multas e juros adicionais.
Como e porque devemos registrar uma CCB: siga o passo a passo
O registro e consulta de uma Cédula de Crédito Bancário (CCB) desempenham um papel fundamental no contexto das transações financeiras.
O registro formaliza o acordo de crédito, enquanto a consulta permite que terceiros tenham visibilidade sobre a situação financeira do emissor. Ambos os processos desempenham um papel crucial na gestão de crédito e na avaliação de risco de crédito.
Registro de CCB
Registrar uma CCB é o primeiro passo para formalizar o acordo de crédito. Esse registro normalmente é realizado em órgãos competentes, como cartórios de títulos e documentos. Durante esse processo, informações essenciais, como o valor do título, a taxa de juros, o prazo de vencimento e detalhes das partes envolvidas, são oficialmente documentadas e arquivadas.
Consulta de CCB
O procedimento para consultar a cédula de crédito bancário, permite a terceiros obter informações sobre a CCB registrada. Isso pode ser importante para avaliar o risco e a saúde financeira do emissor da CCB.
Para consultar uma CCB registrada, você precisa entrar em contato com o órgão de registro competente. Outra forma é utilizar ferramentas eletrônicas disponíveis para esse fim. Por meio desse processo, é possível acessar informações sobre a CCB, como seu valor, prazo e partes envolvidas.
Como registrar uma CCB
O registro de uma Cédula de Crédito Bancário (CCB) é um procedimento importante para conferir autenticidade e validade legal a esse título de crédito. O processo de registro varia de acordo com a legislação local e as práticas do órgão de registro competente. Os passos gerais para registrar uma CCB são:
- Reúna a documentação: Tenha todos os documentos relacionados à CCB em mãos. Isso inclui o contrato da CCB, com todas as cláusulas e informações relevantes.
- Escolha o órgão de registro: Identifique o órgão de registro competente em sua jurisdição. Isso pode ser um cartório de títulos e documentos, um órgão governamental ou outra instituição designada para esse fim.
- Preencha o formulário de registro: Geralmente, você precisará preencher um formulário de registro fornecido pelo órgão competente. Este formulário pode variar, mas geralmente requer informações sobre a CCB, como valor, prazo, partes envolvidas e detalhes do contrato.
- Pague as taxas de registro: Em alguns casos, pode ser necessário pagar taxas de registro para registrar a CCB. Verifique as taxas aplicáveis e efetue o pagamento de acordo com as instruções do órgão de registro.
- Apresente a documentação: Leve toda a documentação necessária ao órgão de registro competente. Incluindo o formulário preenchido e os comprovantes de pagamento de taxas
- Aguarde o processamento: Após a apresentação da documentação, o órgão de registro processará o registro da CCB. Isso pode levar algum tempo, dependendo da carga de trabalho do órgão.
- Receba o comprovante de registro: Depois que o registro for concluído, você receberá um comprovante de registro. Esse documento atesta que a CCB está oficialmente registrada e tem validade legal.
- Guarde os documentos de forma segura: eles podem ser necessários para futuras consultas ou transações relacionadas ao título.
Cédula de Crédito Bancário (CCB) e Contratos de Financiamento
No mundo financeiro, duas abordagens predominantes para a obtenção de recursos são a Cédula de Crédito Bancário (CCB) e os Contratos de Financiamento. Cada uma dessas modalidades tem suas próprias características, vantagens e desvantagens que as tornam adequadas para diferentes cenários.
CCB | Contratos de Financiamento | |
Natureza Legal | Título de Crédito | Acordo Contratual |
Emissor | Geralmente instituições financeiras | Pode envolver diversas partes |
Negociabilidade | Negociável no Mercado Secundário | Não Negociável |
Flexibilidade | Baixa flexibilidade | Alta flexibilidade |
Acesso a Capital | Acesso a Capitais de Terceiros | Acesso a Capitais Externos |
Vantagens | Liquidez, Acesso a Mercados de Capitais | Flexibilidade de Termos |
Desvantagens | Regulamentação Complexa, Custos | Complexidade Contratual |
Diferença entre CCB e CDC
É comum, também, que muitas pessoas confundam a Cédula de Crédito Bancário (CCB) com o Crédito Direto ao Consumidor (CDC). Uma vez que ambos os termos têm a palavra “crédito” em sua nomenclatura e se relacionam com aspectos financeiros. No entanto, é crucial ressaltar que esses são conceitos financeiros distintos, com diferentes aplicações, regulamentações e públicos-alvo.
Embora ambos desempenhem papéis cruciais no cenário financeiro, suas finalidades e características são notavelmente diferentes:
Cédula de Crédito Bancário (CCB) | Crédito Direto ao Consumidor (CDC) | |
Natureza | Título de crédito | Empréstimo ao consumidor |
Emitente | Empresas, instituições financeiras, etc. | Instituições financeiras para consumidores |
Finalidade | Financiamento empresarial, capital de giro, etc. | Financiamento de bens de consumo pessoal (carros, eletrônicos, etc.) |
Público-alvo | Empresas e instituições financeiras | Consumidores individuais |
Regulamentação | Regulamentado por leis de títulos de crédito e políticas de crédito | Regulamentado por leis de proteção ao consumidor |
Cessão da CCB e Avalista: aspectos cruciais em transações financeiras
A cessão da Cédula de Crédito Bancário (CCB) e a responsabilidade do avalista são aspectos importantes a serem considerados quando se trata dessa modalidade de título de crédito.
A CCB, como mencionado anteriormente, pode ser cedida a terceiros mediante formalização por meio de contrato ou endosso no título. Essa flexibilidade permite que os credores transfiram seus direitos a outras partes, o que pode ser útil em várias situações financeiras.
A responsabilidade do avalista é outro ponto relevante. O avalista é alguém que se compromete a garantir o pagamento da CCB no caso de o devedor principal não cumprir suas obrigações.
O avalista assume a responsabilidade legal de honrar o pagamento da dívida caso o devedor principal não o faça. Essa garantia pode aumentar a segurança para o credor e facilitar a obtenção de financiamentos.
No entanto, quando ocorre inadimplência por parte do devedor da CCB, é necessário recorrer à execução da CCB. Esse processo envolve ações legais para recuperar o valor devido.
Geralmente, o credor entra com uma ação judicial de execução. A partir daí, o tribunal pode tomar várias medidas legais para garantir o pagamento da dívida. Isso inclui a penhora de bens, bloqueio de contas bancárias e outras ações legais.
Execução da CCB em casos de inadimplência
A execução da Cédula de Crédito Bancário (CCB) em casos de inadimplência é um procedimento legal. Nele o credor busca recuperar o valor devido pelo devedor quando este não cumpre as obrigações financeiras estabelecidas no título. O processo de execução da CCB envolve várias etapas e medidas legais cabíveis:
Notificação ao devedor
Antes de iniciar o processo de execução, o credor geralmente envia uma notificação ao devedor informando sobre a inadimplência. Então, concede um prazo para que ele regularize a situação.
Ajuizamento da ação de execução
Se o devedor não atender à notificação ou não regularizar a dívida, o próximo passo é ajuizar uma ação de execução da CCB perante o Poder Judiciário. Isso envolve a apresentação de uma petição inicial ao tribunal, indicando a CCB e os valores devidos.
Citação do devedor
Após o ajuizamento da ação, o tribunal emite uma citação ao devedor. Assim, notificando-o formalmente sobre a ação de execução e dando-lhe a oportunidade de se defender.
Penhora de bens
Se o devedor não pagar a dívida após a citação ou não houver acordo durante o processo, o tribunal pode autorizar a penhora de bens do devedor. Isso significa que os bens do devedor podem ser apreendidos e vendidos para quitar a dívida.
Bloqueio de contas bancárias
Além da penhora de bens, o tribunal pode ordenar o bloqueio das contas bancárias do devedor para garantir o pagamento da dívida.
Leilão dos bens penhorados
Os bens penhorados podem ser leiloados, e o valor arrecadado será usado para quitar a dívida, incluindo os custos do processo.
Execução forçada
Caso o devedor ainda não pague após as medidas, o tribunal pode adotar outras medidas de execução forçada para garantir o pagamento da dívida. Como a venda de imóveis ou veículos.
Quando aplicamos o CCB?
Ainda possui alguma dúvida sobre o uso das CCBs? Separamos alguns exemplos que representam situações em que a CCB é emitida. Podendo ser para financiar projetos específicos ou ser negociada no mercado financeiro, proporcionando liquidez e acesso a investidores.
- CCB Agroindustrial
Um produtor rural emite uma CCB para captar recursos financeiros para investir em sua fazenda e expandir suas operações agrícolas. O título é vendido a investidores no mercado financeiro.
- CCB Imobiliária
Uma incorporadora imobiliária emite uma CCB para financiar a construção de um novo empreendimento residencial. Os investidores adquirem a CCB, e os pagamentos futuros dos compradores de imóveis são usados para pagar o título.
- CCB Comercial
Uma empresa emite uma CCB para financiar a expansão de suas operações comerciais. O título é adquirido por investidores e pode ser negociado no mercado secundário.
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